







































Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém. Assim, sem precisar procurar no meio da multidão. Alguém que me levasse ao cinema e, depois de um filme sem graça, me roubasse gargalhadas. Alguém que segurasse minha mão e tocasse meu coração. Que não me prendesse, não me limitasse, não me mudasse. Alguém que me roubasse um beijo no meio de uma briga e me tirasse a razão sem que isso me ameaçasse. Que me dissesse que eu canto mal e que eu falo demais e que risse das vezes em que eu fosse desastrada. Alguém que me olhasse nos olhos quando falo, sem me deixar intimidada. Alguém com qualidades e defeitos suportáveis. Que não fosse tão bonito e ainda assim eu não conseguisse olhar em outra direção. Alguém que me encontrasse até quando eu tento desesperadamente me esconder do mundo. Eu queria sair por aquela porta e conhecer alguém imperfeito. Feito pra mim.
Talvez eu saiba, no fundo da minha alma, que o amor nunca dura e nós temos que arranjar outros meios de seguir em frente sozinhos ou manter a cabeça erguida. E eu sempre vivi assim: Mantendo uma distância confortável...
Talvez eu saiba, no fundo da minha alma, que o amor nunca dura e nós temos que arranjar outros meios de seguir em frente sozinhos ou manter a cabeça erguida. E eu sempre vivi assim: Mantendo uma distância confortável.
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