sábado, 2 de abril de 2011



























































"Assumo! Também eu erro,
não sou a magna perfeição,
sou humana o quanto baste,
tenho os meus defeitos.
Sou teimosa até ao limite,
magoo mesmo sem querer,
sou exigente até ao extremo,
comigo e com quem me rodeia.
Exijo até à exaustão,
torno-me chata, aborrecida…
Mas que querem? É a vida!
Não somos todos perfeitos,
todos temos os nossos defeitos.
E, se os assumo,
é bom sinal.
Reconheço os pontos fracos,
tentarei mudar de atitude,
mas não me levem a mal!
Mea culpa, me confesso,
mea culpa, peço perdão,
eu sei e reconheço,
nem sempre tenho razão!..."




"
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha,
A essa hora dos mágicos cansaços,
Quando a noite de manso se avizinha,
E me prendesses toda nos teus braços...

Quando me lembra: esse sabor que tinha
A tua boca... o eco dos teus passos...
O teu riso de fonte... os teus abraços...
Os teus beijos... a tua mão na minha...

Se tu viesses quando, linda e louca,
Traça as linhas dulcíssimas dum beijo
E é de seda vermelha e canta e ri

E é como um cravo ao sol a minha boca...
Quando os olhos se me cerram de desejo...
E os meus braços se estendem para ti... "


(Florbela Espanca)

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